domingo, 4 de maio de 2008

Juntos até o fim... do Mundo

A viagem foi muito mais longa do que posso me lembrar, mas o que me marcou foi seu final.
Estavamos eu e meu lobo no carro tentando chegar no que parecia ser a antiga casa de minha avó. Do céu vinham meteóros que caiam e distruiam tudo a sua volta. O clima era de desespero e o que estava acontecendo era inacreditável.
Desviamos do trânsito por ruas tortuosas beiradas por abismos, conseguindo chegar próximos à casa. Deixamos o carro e entramos numa igreja tentando atravessar o quarteirão e sair na outra rua. A igreja estava estranhamente vazia e escura (imagina como as igrejas ficariam no fim do mundo?)... numa sala interna da igreja, freiras faziam partos. Não sei se era por conta dos hospitais estarem super-lotados ou o que poderia ser, só sei que aquela meia-luz, o sangue e o choro dos bebês davam uma péssima impressão. Cogitei em levar um dos bebês, mas meu lobo me convenceu de que era errado, pois apesar do que estava acontecendo, eles tinham mães. Seguimos caminho por entre corredores escuros e rústicos e escadas antigas. Nas bifurcações, orientei meu lobo a seguir sempre pelo caminho mais largo (aberto). Nada de portas ou corredores estreitos pois por eles a população não passaria.
Chegamos a ex-casa de minha avó. Lá se encontravam ela, minha mãe e minha tia. As três estavam na cozinha rezando no entorno de uma vela. Dei um "oi' rápido e fui direto ligar a TV. Todos os canais mostravam sua programação normal, com desenhos e novelas. Lá fora o clima ainda era de fim do mundo, mas meu lobo parecia não se preocupar muito... Fiquei junto com ele esperando o mal passar.

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